Nasci em Goiânia – GO, filho da atriz e professora Rosemeire Faleiro de Almeida e do ator e mestre de cultura popular Wertemberg Nunes. Estreei no teatro aos 6 anos de idade com a peça “Filho das águas” do grupo Pingo D’água. Depois de morar e estudar no Tocantins, voltei para Goiás onde graduei-me em publicidade e propaganda na UFG com pesquisa sobre a narrativa clássica do Cinema na propaganda televisiva. Fui designer gráfico na Fecomércio e depois atuei como promotor cultural de cinema no SESC, época que também fiz pós-graduação em Artes Visuais estudando o abstracionismo geométrico formal. Enquanto isso, desenvolvia outros trabalhos em cultura popular com meu pai e os meus irmãos Taiom e Ramar Nunes no Ponto de Cultura Aldeia Tabokagrande desde 2001, fazendo bonecos, estandartes, fantasias, tambores e camisetas artesanais. Desde 2014 moro em Goiás onde concluí meu mestrado em Performances culturais na UFG em 2019 e trabalho com audiovisual até hoje.
Habituado a trabalhar em mais de uma linguagem artística, Wertem Nunes transitei entre diferentes vertentes das artes visuais. Esta exposição virtual individual “De pé no poço e areia no olhar” é um novo trabalho desde que realizei a exposição “Entre planos” (Abril/2012) que foi contemplada pelo Prêmio de Apoio às Artes Visuais Kathie Tejeda 2011 da Secretaria de Cultura do Estado do Tocantins. Com “Entreplanos” (2012) iniciei minha pesquisa com materiais não tradicionais como o papel translúcido, o vidro, o acrílico, acetato, policarbonato entre outros.
Suportes que fugissem ao padrão clássico da tela e do papel, assumindo inclusive a parede como parte integrante da obra numa interação estética entre figura e fundo em que as obras assumem uma mutabilidade simbiótica de acordo com o ambiente em que estivessem expostas.
Além disso, o conceito de efemeridade se encontra diluído não apenas nas composições que mostram a multiplicidade de possibilidades potenciais de composição, bem como na execução de cada obra, nas quais os papéis não são colados e se encontram suspensos apenas pela pressão invisível que os dois vidros exercem neles, conferindo-lhes uma aura etérea de leveza e transparência.
Desta vez, com as fotografias da exposição “De pé no poço e areia no olhar” dei vazão às minhas investigações na fotografia, área que sempre esteve presente de forma latente em meu trabalho, mais conhecido no audiovisual desde 2005. Como roteirista, sempre estive atento às possibilidades narrativas que a vida pode revelar, e em minhas fotografias, encontrei, portanto, cenas que poderiam contar a história de um lugar. Como diretor, sempre estive atento em escolher os melhores posicionamentos de câmera e enquadramentos que pudessem dar conta da potencialidade de cada instante. Na fotografia, usei busquei captar esses instantes nas paisagens que encontrei numa região repleta de belezas no coração do nosso país.